O
Pastoril é o mais conhecido e difundido folguedo popular de Alagoas. É uma
fragmentação do Presépio, sem os textos declamados e sem os diálogos. É
constituído apenas por jornadas soltas, canções e danças religiosas ou
profanas, de épocas e estilos variados. Como os Presépios, origina-se de autos
portugueses antigos, guardando a estrutura dos Noéis de Provença (França)
·
ESTRUTURA
Realizados no período natalino, os
Pastoris apresentam duas modalidades: a lapinha e o pastoril propriamente dito.
A lapinha, dançada na sala da casa,
diante do presépio, por meninas vestidas de pastoras, celebra o nascimento de
Cristo. As pastorinhas formam dois cordões: o encarnado, liderado pela mestra,
e o azul, pela contramestra. A disputa entre os dois cordões é aproveitada como
forma de angariar fundos para as obras sociais da paróquia, pois a cotação de
cada cordão vai subindo de acordo com as doações pecuniárias de seus
defensores.
O pastoril, executado sobre um tablado
ao ar livre, tem caráter profano e satírico, e é dançado e cantado por
mulheres, dirigidas por um personagem cômico: o cebola, o velho, o saloio, o
marujo etc.
Seus principais personagens são a
Mestra, a Contramestra, Diana, a Camponesa, Belo Anjo, a Borboleta, o Pastor, o
velho e as pastoras. Dois partidos vestidos de cores diferentes, dois cordões
disputam as honras de louvar Jesus Menino.
Levam um pandeiro feito de lata, com
cabo e sem tampa, ornado de fita com a cor do cordão a que pertence.
Acompanhamento: conjunto de percussão e sopro.
Os trajes típicos da dança são saia,
blusa, colete, meião e sapatilha compõem a roupa especial. Na cabeça, tiara com
fitas e flores. Já nas mãos, pandeiros e maracás para casar com a cantoria e
dar som à apresentação. as pastorinhas usam chapéus de palha, blusas brancas,
saias xadrez, arcos e cestinhas de flores; dançam uma coreografia específica
para a apresentação diante do presépio.
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HISTÓRICO
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Como os Presépios, o Pastoril origina-se de autos portugueses
antigos, guardando a estrutura dos Noéis de Provença (França). Esta festa
folclórica de origem portuguesa que comemora o nascimento de Jesus, não se
restringe a lugares fechados. As Pastorinhas desfilam pelas ruas da cidade,
cantam marchas em louvor ao Menino Jesus envolvendo a população na brincadeira.
Essa manifestação popular ainda sobrevive em alguns municípios do
Brasil.
As pastorinhas representam autos. Festivo teatro popular, alegre,
mas cheio de ensinamentos morais e as músicas são cheias de ternura.
Fica evidente que a dramatização do tema permitia uma fácil
compreensão em torno do episódio do nascimento do Cristo. Desta forma, a cena
tomava vida, com a introdução de recursos visuais e sonoros.
No Brasil e mais precisamente em Pernambuco, segundo Pereira da
Costa, o aparecimento do presépio vem, talvez, dos fins do século XVI, no
Convento dos Franciscanos em Olinda, por iniciativa de Frei Gaspar de Santo
Antônio, primeiro religioso a receber hábito no Brasil.
Já Fernão Cardim, o Jesuíta, nos dá uma indicação em que talvez
possamos detectar as origens do Pastoril brasileiro, por conta de uma representação
em 1584, no dia 5 de janeiro ou no dia dos Reis, como consta num documento,
também citado por Mário de Andrade (2002): "Debaixo da ramada se
representou pelos índios um diálogo pastoril, em língua brasílica, portuguesa e
castelhana, e têm eles muita graça em falar línguas peregrinas, maximé a
castelhana. Houve boa música de vozes, flauta, danças, e dali em procissão
fomos até a igreja com várias invenções".
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Também chamado de Pastorais, Bailes Pastoris, Festa da Lapinha,
Terno de Reis, Pastor, Pastoril Religioso ou Profano. Mário de Andrade (2002)
nomeou Pastoril.
O Pastoril, bailado que integra o ciclo das festas natalinas do
Nordeste, teve início na Idade Média e era clássico em Portugal onde recebia a
denominação de Auto do Presépio. Tinha, contudo, um sentido apologético, de
ensino e defesa da verdade religiosa e da encarnação da divindade.
Dança de representação dramática, transforma-se em sincretismo
profano religioso e encontra boa receptividade principalmente na região
nordeste do Brasil criando raízes em novas reelaborações dos personagens como o
velho, as mestras e contramestras do bailado.
Característicos da região nordestina e em algumas partes da região
norte do país, o Pastoril ganhou solo fértil em terras potiguares. Em alguns
municípios Norte-rio-grandenses os Pastoris estão em plena atividade.
Podemos
encontrar essa dança da cultura popular nos municípios de Natal (Praia de Ponta
Negra e Bairro do Bom Pastor), São Gonçalo do Amarante, Ceará Mirim, Pedro
Velho, Nísia Floresta, Tibau do Sul, São Paulo do Potengi e em Parnamirim (Praia de Pirangi), alternando-se
em fases de apogeu e de declínio.
A encenação do Pastoril integra o ciclo das festas natalinas do
Nordeste, particularmente, em Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas.
O pastoril é um dos quatro principais espetáculos populares nordestinos,
denominados de danças dramáticas por Mário de Andrade (2002). O povo participa
ativamente dos pastoris. O auto, ou enredo contado, do pastoril é todo
relacionado como Natal: o auto é todo escrito em versos e musicado, com um
prólogo, dois atos e um epílogo. A comicidade, uma das características mais
fortes dos espetáculos populares do Nordeste, aos poucos também foi aparecendo
no Pastoril. As pastorinhas se dividem em dois cordões, o azul e o encarnado.
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· PERSONAGENS
Mestra, contramestra, Diana: As pastorinhas, o pastor e a
borboleta.
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TRAGES:
Saias,
blusas, faixas, aventais. Chapéu de palhinha, nas cores: Azul e encarnado. Levam um pandeiro feito de lata, com cabo e
sem tampa, ornado de fita com a cor do
cordão a que pertence.
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ACOMPANHAMENTO
Instrumentos
de percussão e de sopro
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http://www.estado-de-alagoas.com/cultura-alagoana.htm
http://www.cultura.al.gov.br/politicas-e-acoes/mapeamento-cultural/cultura-popular/folguedos-
dancas-e-tores/folguedos-natalinos/pastoril
http://wikidanca.net/wiki/index.php/Pastoril
Crédito:
Escola Estadual Professora Laura Maria Chagas de Assis/ 3° ‘A’
GRUPO:
Ananda Maria
Ananda Maria
Cicero Daniel
Emiliana Teles
Karen Fernanda
Luana Tavares
Maria Eduarda
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